Sunday, January 16, 2011

Crise

Qual é o tamanho da crise necessária para estimular mudança em uma sociedade?

Vamos continuar a culpar uns aos outros, nos agarrando aos mais convenientes argumentos, ou vamos aprender a ouvir, a buscar os erros, assumir erros, assumir responsabilidades?

Quantos de nós precisamos morrer soterrados para que o desastre seja importante o suficiente?

Não estávamos preparados para a tragédia dessa semana na região serrana do Rio. Não estávamos preparados, ponto final. E não estamos preparados para milhares de outras tragédias prontas a acontecer. Talvez ainda essa noite mais um deslizamento ocorrerá, e soterrará uma dezena de casas em Juiz de Fora. Talvez os três rios que passam pela cidade que leva esse nome inundarão a mesma novamente amanhã. Talvez a ponte da BR-040 que passa pela cidade de Conselheiro Lafaiete cairá amanhã (espero que não seja no momento em que eu, ou qualquer outra pessoa, esteja sobre ela).

A lista de desastres prontos para ocorrer pode encher um livro, ou vários. Temos que mudar nossa sociedade e começar a agir, ao invés de lamentar. Talvez pudéssemos criar um blog dos desastres por ocorrer. Seria interessante eventualmente ver alguns desses serem evitados, e talvez servisse de alerta para a sociedade quando algum deles realmente acontecer.

Sobre o Carnaval: não será difícil manter o carnaval do Rio deste ano, não obstantes as mortes ocorridas nesta semana e as outroas que ainda, infelizmente, decorrerão dessa catástrofe. A desculpa deverá ser algo em torno de que os brasileiros não se deixam abalar, brasileiros não desistem nunca. Morremos hoje, celebramos amanhã, epítome do individualismo que domina cada vez mais claramente nossa sociedade.

E, para terminar, desde já fica minha previsão: gastaremos muito mais com o carnaval do que com o resgate dos atingidos pelas chuvas em Teresópolis e cidades vizinhas. Espero que consiga ajuntar os números para escrever sobre isso mês que vem.

Tuesday, January 11, 2011

Marx e Hitler

"Jared Loughner, 22 anos, o atirador do Arizona, tem problemas psicológicos. Era também um fanático por teses extremistas – em sua casa, a polícia encontrou livros de Karl Marx e Adolph Hitler".
Jornal do Brasil, 11/01/2011

Sobrou até para Karl Marx...