Monday, October 02, 2006

Entre mortos e feridos

Com o final da apuração dos votos, sempre me bate certa decepção, ao ver pessoas como o Ex-presidente Collor, ou Sarney, sendo eleitos para o Senado Federal. Ou Maluf, o deputado mais votado, agora protegido em fórum privilegiado das acusações e processos que acumulam contra ele. Então vejo que o Newtão Cardoso não foi eleito, mas quem ganhou foi o Eliseu Resende, do PFL, partido que provavelmente levará a presidência do senado.

Cristóvão Buarque recebeu mais do que as pesquisas indicavam, mas ainda menos de 3% dos votos, e então começo a me lembrar que temos, como povo, como nação, muito a aprender antes de podermos fazer a democracia funcionar para o bem geral, não para interesses individuais.

Ao menos o resultado para presidente é, no final das contas, o menos pior. Uma vitória apertada seria o pior para o governo Lula, que foi prejudicado não somente por uma campanha brutal feita por seus adversários, mas também pelos conflitos de interesses dentro de seu próprio partido. Um PT mais coeso para o segundo turno será um inimigo a menos. Além disso, no segundo turno todos terão que sair do muro, embora Heloísa Helena já tenha dito que de lá não sai.

Mais que tudo, será hora de ir atrás dos pontos sem nó deixados ao longo do caminho dessas eleições, e esses, coincidentemente, serão as partes dessas histórias que favorecem o governo, como o conteúdo do tal dossiê, ou as gravações que a imprensa escondeu, que mostravam o delegado da PF dizendo suas razões ao entregar a uma equipe de repórteres as fotos com as imagens do dinheiro do dossiê. Mais provável é que esses detalhes façam com que esses escândalos sejam esquecidos hoje mesmo.

Oa resultados das eleições só podem ser bons para a democracia brasileira, isso é óbvio. Mas, se foram os melhores para o país, isso vamos ter que esperar para ver...

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