O sonho do Parreira
Eu tenho um sonho. Foi isso que o Parreira escreveu na lousa, ao discursar para os jogadores da seleção antes do jogo contra a França. Essa frase é talvez a mais célebre dita por Martin Luther King, num discurso onte também teria dito que um homem que não está preparado a morrer por uma causa, não tem direito a viver.
Assim como Ghandi, e, ainda, assim como diz o hino da Independência ("ou ficar à pátria livre ou morrer pelo Brasil"), e diferente da "Independência ou Morte" de Dom Pedro (curioso não?) não justificam "matar" por causa alguma. Sempre achei essa análise interessante, e só resolvi colocar aqui porque me passou pela cabeça agora, não tem nada a ver com o assunto inicial. Na verdade, certamente seria um assunto muito mais interessante e prazeroso, mas fica para depois.
Enfim, o Parreira exagerou. Deve ter percebido a falta de ambição de seus jogadores titulares, então se saiu com essa. Os jogadores não tinham sonho nenhum, ambição nenhuma, já tinham ganho mais do que podem gastar, perderam a motivação. E o Brasil, cá entre nós, não tinha sonho nenhum em relação ao hexacampeonato. Temos ambição, sede de vitória, para saciar a nossa necessidade mais do que humana de nos sentirmos capazes de vencer em algo. Nosso fracasso social seria amenizado pelo sucesso no futebol, mas nosso sonho é em outro campo.
As eleições de outubro virão no mesmo modelo dado pela copa: os melhores já foram escolhidos de acordo o tamanho de seus patrocínios. Nesses termos, fica difícil para aqueles que jogam o futebol-gol, ainda que não seja bonito o suficiente para aparecer na propaganda da Nike, ou no horário eleitoral, ganharem a copa, ou as eleições. Mas eu tenho um sonho...
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