Wednesday, June 14, 2006

No caminho certo...

Uma pesquisa realizada em países da Europa indicou que por lá, especialmente para aqueles que estão mais próximos da região e que são, alegadamente, aliados dos EUA, todos têm mais medo dos EUA que do governo do Irã. A pesquisa também indica que a maioria das pessoas dizem que a presença das forças estadunidenses no Iraque é uma ameaça à paz mundial.

Mas vamos mais adiante. O presidente dos EUA ontem apareceu de surpresa em Bagdá, onde foi recebido pelo primeiro ministro iraquiano Nuri al-Maliki. Após informá-lo que o futuro estava em suas (do iraquiano) mãos , voltou para casa correndo pois a "possibilidade de passar a noite em Bagdá não foi realmente levada a sério". Depois ainda relembrou que os EUA continuarão presentes na região, para ajudá-los. É aquela história de ajudar a velhinha atravessar a rua: talvez eles não quisessem esse tipo de ajuda. Isso se tivessem opção.

No conforto e segurança de seu lar, o texano (?) então, pediu ao mundo que que dê mais apoio a novo governo iraquiano. Realmente não mentiu. O futuro realmente depende deles, pois se depender dos estadunidenses, o futuro, de uma forma geral, está por um fio.

Então, cumprida sua missão no Iraque, cuida de seus interesses no Irã. Embora 16 países não alinhados defendam que toda nação tem direito a usar energia atômica com fins pacíficos (objetivo alegado pelo Irã), os EUA insistem que eles não devem ser autorizados a instalar unidades de enriquecimento de urânio. Novamente, na segurança do lar, os EUA estão às vésperas de desenvolver uma nova geração de bombas atômicas. Mais seguras e efetivas, essas bombas permitirão a redução do estoque de ogivas para apenas 2 mil! Ou seja, acharam brechas no acordo com os russos, que os permitem "cumprir" o acordo (reduzir o número de ogivas) sem perder sua capacidade destruidora.

Já assassinaram a lógica diversas vezes, mas agora estou chegando a acreditar que ela morreu mesmo!

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