Thursday, June 15, 2006

Assassina em liberdade

Suzanne Richtoffen, todos já sabem, matou os próprios pais, é usuária de drogas e mentirosa de mão cheia. Só pelas mentiras que andou contando e por chorar por orientação do advogado já deveria ter sido mandada para a solitária enquanto aguarda julgamento. Ao contrário, entretanto, aguarda pelo julgamento na mansão dos pais que assassinou brutalmente, com ajuda de seus comparsas igualmente drogados.

Obs.:
Ah, sim, claro, esqueci de relembrar que na minha opinião lugar de usuário de drogas é na cadeia, juntamente com os traficantes, assassinos, sequestradores e políticos corruptos que financiam. Sim, isso é claramente um pré-conceito. Se se sentir ofendido chame seu advogado (talvez essa que foi agraciada com um pedido de prisão preventiva hoje)e me mande para a cadeia. Talvez lá dentro seja mais seguro que aqui fora!

Não consigo enxergar a lógica disso. Ela é assassina confessa, vai ser presa. Independente disso pode esperar o julgamento para então ser presa? Então fica essa enrolação do advogado tentando adiar o julgamente para sempre? Deve fazer algum sentido legal, e eu graças a Deus, não sou advogado. Entretanto, independente de onde vem, essa é só mais uma das leis brasileiras que contribuem para a proteção dos ricos em detrimentos dos desprovidos de condições financeiras de defender-se.

Agora a defesa de Suzanne pediu que a fita que mostra essa criminosa e seu advogado treinando uma entrevista na rede Globo, onde ela se portaria como uma vítima arrependida, fosse retirada do processo. Aliás, que tipo de jornalista se submeteria a entrevistar esse monstro?

De qualquer forma, o MPF acatou o pedido porque que "habeas corpus contra decisão que indefere liminar PODE ser usado para afastar o constrangimento ilegal". Em seguida opina que o pedido DEVE ser atendido. Ora, entre PODER e DEVER fazer algo há uma grande distância.

Essa distância passa pelo merecimento. Ela não merece ser poupada de nada. A fita lhe causa constrangimento? Pois é, eu sinto vergonha em ver alguém da minha espécie ser capaz de fazer o que ela fez. Qual é a lei que me protege desse constrangimento?

Esse parecer ainda será avaliado pelo Ministro Milton Naves. A esperança é pequena, entretanto, uma vez que esse foi o relator de todos os habeas corpus apresentados pela defesa de Suzane Richthofen e dos irmãos Cravinhos...

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